Você já ouviu falar em Turismo de Base Comunitária (TBC)? Ele é um modelo que traz em sua proposta o desenvolvimento do turismo local, baseado nos recursos culturais e tradicionais das comunidades em que se enquadram. Em outras palavras, é uma estrutura de turismo com potencial para promover a conservação ambiental, a valorização da identidade cultural e a geração de benefícios para as localidades que desenvolvem essa prática.
Sua estrutura consiste, basicamente, em uma iniciativa da própria comunidade, em que a população local, de forma associativa e solidária, possui o controle efetivo das atividades econômicas associadas à exploração do turismo. Ou seja, a comunidade é diretamente responsável pelo planejamento das atividades e tudo é orientado por princípios que buscam garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental, por meio da gestão das infraestruturas e serviços turísticos.
Como funciona o Turismo de Base Comunitária?
Neste modelo, cada membro e morador tem o poder de colaborar e definir os rumos do turismo local, possibilitando o desenvolvimento de uma atividade mais justa, equilibrada e sustentável.
Quem opera e pratica o Turismo de Base Comunitária deve estar verdadeiramente engajado com a sustentabilidade em todas as suas dimensões: econômica, social e ambiental. Estabelecendo uma política clara e transparente que contemple o olhar que a comunidade tem sobre a questão, quais são as premissas em sua atuação, como aborda o tema em seu dia a dia, etc. Tendo a clareza de como pode favorecer seu desenvolvimento e valorizar o que há de genuíno e precioso ali.
A colaboração entre comunidades, iniciativa pública, privada e organizações locais é uma ferramenta importante e essencial no desenvolvimento das estratégias de Turismo de Base Comunitária. Um dos objetivos do Instituto Purunã é trabalhar em parceria com a comunidade, estimulando o espírito empreendedor e relação de pertencimento entre os habitantes da região, no que diz respeito ao nosso distrito e seu potencial turístico.
Lugares em que esse modelo já funciona
Chapada Diamantina – Brasil
Por ser uma região de serras, a Chapada Diamantina é protegida na categoria de parque nacional. Essa localidade conta com diversas atrações que exemplificam a imensidão de belezas naturais brasileiras. É lá que nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas.
Devido a esse potencial, essa é uma região que também recebe um grande fluxo de visitantes. Graças a isso, os moradores locais desenvolvem atividades voltadas para o turismo sustentável, no qual – em sintonia com a conservação do meio ambiente local – oferecem opções de estadia e passeios aos turistas.
Nuquí – Colômbia
É um município colombiano localizado na região de Chocó. Fica entre as montanhas de Baldó e o oceano pacífico, e possui uma das maiores diversidades étnicas e culturais. Possui em média 8.000 habitantes, dos quais 3.000 vivem na capital municipal, formada pela maior parte afro-colombiana e o restante por tribos indígenas.
Devido às belezas e riquezas culturais de Nuquí, essa região é bastante procurada por turistas. E é nesse sentido que a comunidade local descobriu a potencialidade de explorar alternativas de Turismo de Base Comunitária para oferecer atrações e hospitalidade aos visitantes, na mesma proporção em que atuam para o crescimento e desenvolvimento do município.
2 pontos essenciais para o desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária
No Turismo de Base Comunitária é preciso gostar de gente, pois são as pessoas o principal atrativo desse tipo de turismo. Novas sensações, gostos e cheiros novos. Muitas das comunidades estão inseridas em ambientes paradisíacos, o que faz da viagem algo muito rico e enriquecedor. E para inspirar você a mergulhar nas possibilidades desse modelo, elencamos 2 dicas, olha só:
1. Estar próximo a rotas turísticas
Esse é um fator fundamental para o sucesso no desenvolvimento dessa estrutura de turismo. Como o modelo em si defende a valorização da região, belezas naturais e cultura local, a proximidade com espaços reconhecidos como pontos turísticos contribui para a atração de pessoas e, portanto, fortalecimento das atividades de Turismo de Base Comunitária realizadas na localidade.
Em São Luiz do Purunã, por exemplo, nossas opções turísticas que estão em sintonia com a natureza são vastas. Desde a Cachoeira do Alemão e o Recanto dos Papagaios, até as rotas para cicloturismo, escaladas, rapel e cavalgadas. São opções para todos os gostos e todas elas contam com a possibilidade de contar com a hospitalidade das inúmeras pousadas da região, assim como as opções de restaurantes que resgatam nas refeições o sabor das tradições do distrito.
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2. Colaboração entre comunidades, iniciativa pública e privada e organizações locais
Em São Luiz do Purunã, cada canto é um convite para deixar o tempo passar devagar, sentir a hospitalidade, aproveitar as belezas naturais e as incríveis trilhas para cavalgada. E esse é um pensamento compartilhado entre a comunidade local, órgãos públicos e instituições que acreditam e atuam para promover o progresso da região.
A primeira etapa contou com a estruturação e aprovação do Plano Diretor, através de uma parceria entre o Instituto Purunã, escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados, Câmara Municipal e Prefeitura Municipal de Balsa Nova, formando uma base sólida para a expansão do município nos próximos anos.
E assim de forma conjunta, iniciamos o Plano de Turismo Participativo com o objetivo de definir diretrizes para o fortalecimento do turismo e desenvolvimento rural do distrito, tornando-o uma fonte de renda para a comunidade e para o município, organizando o sistema produtivo e empreendedor sem abrir mão da qualidade de vida da população.
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